A nova cultura do café
Cultura do café
Origem
Brasileiro sempre foi apreciador do velho e bom cafezinho. A fruta, nativa da Etiópia, foi trazida para o Brasil em 1727.
Na época o governo do Pará enviou um jovem oficial, Francisco de Mello Palheta, à Guiana Francesa com o intuito de solicitar ao governador M. d’Orvillier algumas mudas da planta, porém o pedido foi negado por ele.
Já a mulher dele, madame D’Orvilliers, não resistiu aos encantos do jovem oficial. No dia em que ele voltaria para o Brasil, recebeu dela um ramo de flores em meio as quais estavam escondidas alguns grãos de café.
O começo
À partir daí começou uma outra história de verdadeiro apreço, a do brasileiro pela bebida de gosto marcante e revigorante. Não demorou muito para o cultivo sair do Pará e atingir o resto do Brasil. Foi primeiro para o Maranhão e, por volta de 1760, chegou ao Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e no Vale do Paraíba.
Foi difundido então para o Sul de Minas Gerais e o Espírito Santo, atingindo posteriormente Campinas e Oeste de São Paulo, chegando depois às regiões de terra roxa do Norte do Paraná e Mato Grosso. Hoje os principais estados que cultivam a fruta são Minas, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia.
Levando em consideração a imensidão de nosso território e a precariedade das estradas àquela época, a expansão da lavoura pelos estados foi relativamente rápida, assim como o crescimento do gosto dos brasileiros pela bebida.
Durante séculos a fruta foi usada por nós quase que exclusivamente para o preparo da bebida em infusão com água quente, conhecido como o famoso café de coador! Mas, isso tem mudado.
Evolução
A cultura de beber o café exclusivamente da forma tradicional tem sofrido profundas alterações nos últimos anos. Entre os fatores que estão contribuindo de maneira decisiva nessas transformações de hábito estão a globalização e a melhoria da renda familiar do brasileiro.
A informação tem chegado cada vez mais depressa às pessoas, que, muito mais que consumidoras, são também difusoras de suas culturas. Hoje existe uma intensa troca de conhecimentos de forma global, que aguça a curiosidade e faz com que desejemos cada vez mais conhecer novas experiências.
Essa “nova ordem mundial” trouxe para perto uma infinidade de possibilidades. Antes o que tínhamos fora de casa era basicamente o mesmo que encontrávamos em nossos lares: o velho e sempre bom cafezinho, simples ou acompanhado de leite.
Dias atuais
Hoje as cafeterias, em número bem reduzido há alguns anos, vem ganhando cada vez mais espaço. Especialmente em Belo Horizonte é visível como elas têm tido cada vez mais presença, principalmente em shoppings e na Região Centro-Sul.
Estão sempre cheias. Interessante é observar que a grande maioria das pessoas acaba se tomando frequentadora assídua das cafeterias. Mas o que elas têm de diferente que as fizeram ganhar mercado tão rapidamente? Penso que seja a preocupação que a maior parte delas de proporcionar aos frequentadores um ambiente aconchegante, acolhedor e, ao mesmo tempo, inovador.
As cafeterias deram uma nova roupagem ao cafezinho de todo dia, oferecendo criativas possibilidades de degustação: quente ou gelado, alcoólico ou não, em forma de shake, com coco, com laranja, com caramelo, com morango, com pimenta e até acompanhado de sorvete.
Além das bebidas, uma variedade de sobremesas também aparece todos os dias: pudins, brownies e rocamboles. Dessa maneira, especialmente nós, mineiros, apontados como conservadores, gostamos e aceitamos bem sim as novidades.
A questão é se há qualidade no que é oferecido. No caso das cafeterias, a evolução tem sido benéfica em todos os âmbitos.
Cristian Soares Figueiredo
Cristian Soares Figueiredo é CEO e fundador da rede de franquia Mr. Black Café e está neste mercado desde 2006, acumulando muito conhecimento para ser compartilhado com os franqueados.
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